segunda-feira, 14 de junho de 2010

Carqueja

A carqueja

-Baccharis trimera DC; Asteraceae-

(Less) é uma planta ideal para canteiros de jardins,

pois cresce formando tufos espessos.

Pelo seu gosto amargo, a medicina popular

recomenda-a para combater problemas digestivos e hepáticos.

Com efeito diurético, auxilia no emagrecimento e no controle da diabetes.

Pelo mesmo motivo, deve ser usada com moderação.

Nome científico: Baccharis trimera (Less.) DC.

Família: Asteraceae.

Sinônimo botânico: Baccharis genisteiloides var.

trimera (Less.) Baker., Baccharis trimera Person,

(=Molina trimera Less.).

A carqueja é uma planta brasileira

que nasce e se adapta a qualquer tipo climático,

não necessitando de nenhum cuidado especial.

Essa planta de fácil cultivo possui inúmeras qualidades,

sendo de extrema ajuda para problemas como:

- Má digestão;

- Prisão de ventre;

- Diarréia;

- Gastrenterite;

- Anemia;

- Gripe;

- Febre;

- Fraqueza e mal estar;

- Proteger o fígado contra a ação nociva do álcool.

Chá de Carqueja

O chá de carqueja está sendo utilizado

tanto para abrir o apetite em pessoas desnutridas,

como para inibi-lo em casos de emagrecimento,

sendo receitado como acompanhamento

de uma dieta nutricionalmente correta

por profissionais como o nutricionista,

tornando os resultados mais eficazes.

A melhor forma de a carqueja ser

consumida é por meio do chá.

Apesar de seu sabor não ser tão agradável,

as pessoas adquirem o hábito de consumir

o chá de carqueja e adquirem muitos benefícios ao organismo.

A melhor dica a ser seguida é de adquirir

o hábito de consumir o chá antes de um evento especial,

de um abuso na alimentação,

onde o chá de carqueja atuará na forma de prevenção.

É sempre bom lembrar que não se deve

exagerar no consumo do chá de carqueja,

pois, tudo que é consumido em excesso pode gerar problemas.

Por este motivo, caso decida iniciar uma dieta rica

em algum tipo de chá ou alimento específico sempre

é preciso o acompanhamento de um médico

ou de um nutricionista. O chá deve ser visto apenas como um complemento,

que na medida certa, traz vários benefícios ao organismo.

Ao criar-se o hábito de consumir chá diariamente

você certamente irá contribuir positivamente para sua saúde.

Os chás, sem açúcar, não possuem nenhum

valor calórico e por isso, podem ser consumidos livremente.

Outros nomes populares:

bacanta, bacárida, cacaia-amarga, cacália-amarga,

cacália-amargosa, caclia-doce, cuchi-cuchi, carque,

carqueja-amarga, carqueja-amargosa, carqueja-do-mato,

carquejinha, condamina, iguape, quina-de-condomiana,

quinsu-cucho, tiririca-de-babado, tiririca-de-balaio,

tiririca-de-bêbado, três-espigas, vassoura; carqueja (espanhol);

carquexia (espanhol); querciuolo (italiano); carqueija, tojo (português de Portugal).

Propriedades medicinais:

amarga, antianêmica, antiasmática, antibiótica, antidiarréica,

antidiabétíca, antidispéptica, antigripal, anti-hidrópica,

antiinflamatória, anti-reumática, anti-Trypanosoma cruzi

(causador da moléstia de Chagas), aperiente, aromática,

colagoga, depurativa, digestivo, diurético, emoliente,

eupéptica, estimulante hepática, estomáquica, febrífuga,

hepática, hepato-protetor, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica,

laxante, moluscocida (contra Biomplalaria glabrata,

hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni,

causador da esquistossomose), sudorífica, tenífuga, tônico, vermífuga.

Indicações:

afecções febris, afecções gástricas, intestinais, das vias urinárias,

hepáticas e biliares (ictérícia, cálculos biliares, etc.); afta, amigdalite,

anemia, angina, anorexia, asma, astenia, azia, bronquite asmática,

chagas venéreas, coadjuvante em regimes de emagrecimento,

colesterol (redução de 5 a 10%.), desintoxicação do fígado,

diabete, diarréias, dispepsias; doenças venéreas; enfermidades da bexiga,

do fígado, dos rins, do pâncreas e do baço; espasmo, esterilidade feminina,

estomatite, faringite, feridas, fraqueza intestinal, garganta,

gastrite, gastroenterites, gengivite, gota, hidropisia, impotência sexual masculina,

inflamações de garganta, inflamação das vias urinárias, intestino solto,

lepra, má-digestão, mal estar, má-circulação, obesidade,

prisão de ventre, reumatismo, úlceras -uso externo-, vermes.

PARTE UTILIZADA: HASTES.

Constituintes químicos:

Segundo a EPAGRI: alfa e beta-pineno,

álcoois sesquiterpênicos, ésteres terpênicos,

flavonas, flavanonas, saponinas, flavonóides,

fenólicos, lactonas sesquiterpênicas e tricotecenos,

alcalóides. Compostos específicos: apigenina,

dilactonas A, B e C, diterpeno do tipo eupatorina,

germacreno-D, hispidulina, luteolina, nepetina e quercetina.

O óleo essencial contém monoterpenos (nopineno,

carquejol e acetato de carquejilo).

Segundo a BIONATUS:

flavonóides (apigenina, cirsiliol, cirsimantina, eriodictiol, eupatrina e genkawanina),

sesquiterpenos, diterpenos, lignanos, alfa e beta pinenos, canfeno,

carquejol, acetato de carquejila, ledol, alcóois sesquiterpênicos,

sesquiterpenos bi e tricíclicos, calameno, elemol, eudesmol,

palustrol, nerotidol, hispidulina, campferol, quercetina e esqualeno.

Contra-indicações/cuidados: gestantes e lactantes.

Doses excessivas podem abaixar a pressão.

Modo de usar:

infuso, decocto, extrato fluido, tinturas, elixir, vinho, xarope,

gargarejo, compressas. - infusão: 1 xícara (café) em 1/21itro de água.

Tomar 1 a 2 xícaras após as refeições e ao deitar; -

infusão ou decocção a 2,5%: 50 a 200 ml ao dia; -

infusão para uso externo: 60g em 1 litro de água.

Aplicar nos locais afetados. Banhos parciais ou completos,

ou compressas localizadas; - infusão de 10g de talos em ½ litro de água fervente.

Tomar 150 ml, três vezes ao dia; - decocção:

ferver por 5 minutos 1 colher das de café de folhas secas

ou em pó em 1 xícara das de chá de água. Coar e tomar 2 xícaras das de chá ao dia;

- decocção de 10 g em 1/2 litro de água. Tomar 4 vezes ao dia; - tintura:

1 colher das de sobremesa de 8 em 8 horas. (5 a 25 ml ao dia). - extrato fluido:

1 a 5 ml ao dia. - vinho digestivo: macerar 1 colher das de sopa

de hastes em ½ copo de aguardente por 5 dias.

Misturar o macerado filtrado a uma garrafa de vinho branco.

Tomar 1 cálice antes das refeições.

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