A carqueja
-Baccharis trimera DC; Asteraceae-
(Less) é uma planta ideal para canteiros de jardins,
pois cresce formando tufos espessos.
Pelo seu gosto amargo, a medicina popular
recomenda-a para combater problemas digestivos e hepáticos.
Com efeito diurético, auxilia no emagrecimento e no controle da diabetes.
Pelo mesmo motivo, deve ser usada com moderação.
Nome científico: Baccharis trimera (Less.) DC.
Família: Asteraceae.
Sinônimo botânico: Baccharis genisteiloides var.
trimera (Less.) Baker., Baccharis trimera Person,
(=Molina trimera Less.).
A carqueja é uma planta brasileira
que nasce e se adapta a qualquer tipo climático,
não necessitando de nenhum cuidado especial.
Essa planta de fácil cultivo possui inúmeras qualidades,
sendo de extrema ajuda para problemas como:
- Má digestão;
- Prisão de ventre;
- Diarréia;
- Gastrenterite;
- Anemia;
- Gripe;
- Febre;
- Fraqueza e mal estar;
- Proteger o fígado contra a ação nociva do álcool.
Chá de Carqueja
O chá de carqueja está sendo utilizado
tanto para abrir o apetite em pessoas desnutridas,
como para inibi-lo em casos de emagrecimento,
sendo receitado como acompanhamento
de uma dieta nutricionalmente correta
por profissionais como o nutricionista,
tornando os resultados mais eficazes.
A melhor forma de a carqueja ser
consumida é por meio do chá.
Apesar de seu sabor não ser tão agradável,
as pessoas adquirem o hábito de consumir
o chá de carqueja e adquirem muitos benefícios ao organismo.
A melhor dica a ser seguida é de adquirir
o hábito de consumir o chá antes de um evento especial,
de um abuso na alimentação,
onde o chá de carqueja atuará na forma de prevenção.
É sempre bom lembrar que não se deve
exagerar no consumo do chá de carqueja,
pois, tudo que é consumido em excesso pode gerar problemas.
Por este motivo, caso decida iniciar uma dieta rica
em algum tipo de chá ou alimento específico sempre
é preciso o acompanhamento de um médico
ou de um nutricionista. O chá deve ser visto apenas como um complemento,
que na medida certa, traz vários benefícios ao organismo.
Ao criar-se o hábito de consumir chá diariamente
você certamente irá contribuir positivamente para sua saúde.
Os chás, sem açúcar, não possuem nenhum
valor calórico e por isso, podem ser consumidos livremente.
Outros nomes populares:
bacanta, bacárida, cacaia-amarga, cacália-amarga,
cacália-amargosa, caclia-doce, cuchi-cuchi, carque,
carqueja-amarga, carqueja-amargosa, carqueja-do-mato,
carquejinha, condamina, iguape, quina-de-condomiana,
quinsu-cucho, tiririca-de-babado, tiririca-de-balaio,
tiririca-de-bêbado, três-espigas, vassoura; carqueja (espanhol);
carquexia (espanhol); querciuolo (italiano); carqueija, tojo (português de Portugal).
Propriedades medicinais:
amarga, antianêmica, antiasmática, antibiótica, antidiarréica,
antidiabétíca, antidispéptica, antigripal, anti-hidrópica,
antiinflamatória, anti-reumática, anti-Trypanosoma cruzi
(causador da moléstia de Chagas), aperiente, aromática,
colagoga, depurativa, digestivo, diurético, emoliente,
eupéptica, estimulante hepática, estomáquica, febrífuga,
hepática, hepato-protetor, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica,
laxante, moluscocida (contra Biomplalaria glabrata,
hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni,
causador da esquistossomose), sudorífica, tenífuga, tônico, vermífuga.
Indicações:
afecções febris, afecções gástricas, intestinais, das vias urinárias,
hepáticas e biliares (ictérícia, cálculos biliares, etc.); afta, amigdalite,
anemia, angina, anorexia, asma, astenia, azia, bronquite asmática,
chagas venéreas, coadjuvante em regimes de emagrecimento,
colesterol (redução de 5 a 10%.), desintoxicação do fígado,
diabete, diarréias, dispepsias; doenças venéreas; enfermidades da bexiga,
do fígado, dos rins, do pâncreas e do baço; espasmo, esterilidade feminina,
estomatite, faringite, feridas, fraqueza intestinal, garganta,
gastrite, gastroenterites, gengivite, gota, hidropisia, impotência sexual masculina,
inflamações de garganta, inflamação das vias urinárias, intestino solto,
lepra, má-digestão, mal estar, má-circulação, obesidade,
prisão de ventre, reumatismo, úlceras -uso externo-, vermes.
PARTE UTILIZADA: HASTES.
Constituintes químicos:
Segundo a EPAGRI: alfa e beta-pineno,
álcoois sesquiterpênicos, ésteres terpênicos,
flavonas, flavanonas, saponinas, flavonóides,
fenólicos, lactonas sesquiterpênicas e tricotecenos,
alcalóides. Compostos específicos: apigenina,
dilactonas A, B e C, diterpeno do tipo eupatorina,
germacreno-D, hispidulina, luteolina, nepetina e quercetina.
O óleo essencial contém monoterpenos (nopineno,
carquejol e acetato de carquejilo).
Segundo a BIONATUS:
flavonóides (apigenina, cirsiliol, cirsimantina, eriodictiol, eupatrina e genkawanina),
sesquiterpenos, diterpenos, lignanos, alfa e beta pinenos, canfeno,
carquejol, acetato de carquejila, ledol, alcóois sesquiterpênicos,
sesquiterpenos bi e tricíclicos, calameno, elemol, eudesmol,
palustrol, nerotidol, hispidulina, campferol, quercetina e esqualeno.
Contra-indicações/cuidados: gestantes e lactantes.
Doses excessivas podem abaixar a pressão.
Modo de usar:
infuso, decocto, extrato fluido, tinturas, elixir, vinho, xarope,
gargarejo, compressas. - infusão: 1 xícara (café) em 1/21itro de água.
Tomar 1 a 2 xícaras após as refeições e ao deitar; -
infusão ou decocção a 2,5%: 50 a 200 ml ao dia; -
infusão para uso externo: 60g em 1 litro de água.
Aplicar nos locais afetados. Banhos parciais ou completos,
ou compressas localizadas; - infusão de 10g de talos em ½ litro de água fervente.
Tomar 150 ml, três vezes ao dia; - decocção:
ferver por 5 minutos 1 colher das de café de folhas secas
ou em pó em 1 xícara das de chá de água. Coar e tomar 2 xícaras das de chá ao dia;
- decocção de 10 g em 1/2 litro de água. Tomar 4 vezes ao dia; - tintura:
1 colher das de sobremesa de 8 em 8 horas. (5 a 25 ml ao dia). - extrato fluido:
1 a 5 ml ao dia. - vinho digestivo: macerar 1 colher das de sopa
de hastes em ½ copo de aguardente por 5 dias.
Misturar o macerado filtrado a uma garrafa de vinho branco.
Tomar 1 cálice antes das refeições.